domingo, 29 de janeiro de 2012

Informações Cavalos e Bois.

Tratamento acidentes Ofídicos - VETERINÁRIA


Em Medicina Veterinária, os acidentes ofídicos mais freqüentes envolvem as serpentes dos gêneros Bothrops (jararaca, urutu, caissaca,jararaca pintada, jararacussu, jararaca ilhoa) e Crotalus (cascavel,boicininga e maracambóia). Acidentes com Micrurus (coral verdadeira) eLachesis (surucucu pico de jaca, surucutinga) são raros, não havendo soro específico de uso veterinário para o tratamento dos acidentes para essas duas últimas espécies. Maiores informações devem ser obtidas em Emergências Médicas. Para uso veterinário, no Brasil existe somente o soro antiofidíco que neutraliza tanto o veneno crotálico como o botrópico.
A predominância dos acidentes com animais envolve as serpentes do gênero Bothrops, sendo entretanto o acidente crotálico que apresenta maior risco de vida para o animal. É importante que o clínico esteja preparado para realizar a identificação da serpente não somente pela observação das características da mesma, mas pela evolução dos sintomas.
As serpentes peçonhentas apresentam como características comuns (exceção feita para coral) a presença de fosseta loreal e pupila em fenda vertical. O gênero Crotalus apresenta guizo na cauda. O gênero Bothrops apresenta cauda lisa, sem qualquer estrutura, com manchas pelo corpo em forma de ferradura.
Acidentes com serpentes não peçonhentas, como as jibóias, sucuris, boipevas, caninanas, salamantas, cobras-verde, e falsas corais ocorrem, mas são de pouca importância dependendo do porte do animal, devendo ser encarado como uma ferida contaminada que deve ser tratada com anticépticos.

Acidente Botrópico

O sintoma mais evidente é o edema progressivo (inchaço) no local da picada, como no focinho, barbela ou membros podendo em muitos casos ser observada também hemorragia, não sendo esta necessariamente a causa da morte.
É importante ser considerada para efeito de atendimento e tratamento, o local da picada e a espécie animal acidentada. Nos animais de grande porte, a picada nos membros leva à dificuldade de locomoção e muitas vezes ao decúbito prolongado, incapacitando o animal para pastar e ter acesso aos bebedouros. O acidente na região da boca e língua pode impossibilitar o animal de ingerir alimentos e água o que propicia a desidratação.
Nos eqüinos dada a incapacidade desses animais respirarem pela boca, a picada no focinho pode levar a morte por insuficiência respiratória. O mesmo pode ocorrer com bovinos quando o edema atinge a região da laringe.
A gravidade do acidente botrópico está relacionada à quantidade de veneno injetada no momento da picada e o tamanho do animal. Quanto menor o porte do animal, menor a chance de sobrevivência. Quanto maior for o intervalo entre o acidente e o tratamento, mais graves serão os sintomas e as seqüelas observadas, principalmente necroses.

Tratamentos Complementares:

Os animais acidentados devem ser mantidos sob observação permanente de no mínimo 72 horas, devendo ser mantidos em locais sossegados, confortáveis e submetidos ao mínimo de movimentação ou manipulação.
Os animais com incapacitação para ingerir água devem ser adequadamente hidratados por via parenteral com soluções eletrolíticas como ringer lactato.
Nos animais acidentados na região da cabeça, particularmente equídeos, a dificuldade respiratória deve ser corrigida mediante a realização de traqueostomia. Os animais de grande porte (acima de 100 Kg), principalmente quando acidentados nos membros, devem ser mantidos quando em decúbito em local forrado com bastante capim ou areia macia.
Os ferimentos no local da picada devem ser lavados com água e sabão e tratados com antissépticos. O local da picada não deve ser lancetado, perfurado ou garroteado com o intuito de reduzir a absorção do veneno. Essa prática pode levar a infecções gravíssimas, e contaminação pelos microorganismos causadores do tétano ou gangrena gasosa. O uso de antibióticos e a profilaxia do tétano devem ser feitas sob orientação do Médico Veterinário.
Sintomas de reações anafiláticas causadas pela aplicação do soro são raros e devem ser tratados de acordo com a gravidade, com medicamentos a base de adrenalina, antihistamínicos e corticosteróides, e interrupção temporária da administração do soro.
Em alguns casos de animais mesmo tratados adequadamente, pode advir o óbito em virtude da presença no veneno inoculado de grande quantidade da fração hemorrágica que causa lesão disseminada do endotélio vascular causando hemorragias fatais na face, nas cavidades abdominal, torácica ou ainda no saco pericárdico ou no espaço subdural, razão pela qual a necrópsia deve ser sempre realizada nesses casos. Essa fração hemorrágica nem sempre é neutralizada pelo soro utilizado no tratamento.


domingo, 8 de janeiro de 2012

‘Gladiadores’

‘Gladiadores’ a galope na PM
RPMont vai multiplicar por quatro sua tropa. Para a polícia, cavalaria garante segurança

Rio - Chamar a cavalaria contra os bandidos é coisa de filme de faroeste? Pois o policiamento sobre quatro patas está aumentando a galope no Rio. Montada em estatísticas que comprovam que os eqüinos ajudam a botar a criminalidade no chão, a Polícia Militar vai subir de 130 para mais de 500 o número de cavalos na corporação até o fim do ano. Mas metade já estará pronta e equipada para a Rio+20, reedição da Eco-92 que será realizada em junho.


Segundo a comandante do Batalhão de Cavalaria (RPMont), tenente-coronel Cláudia Lovain, o plantel hoje não dá conta de todos os pedidos. Rotineiramente, segundo a oficial, o batalhão apóia o policiamento de Irajá, Lagoa, Aterro, Grajaú, Campo Grande e Engenho de Dentro.
“Está provado que, onde os cavalos estão, os índices de criminalidade caem. Além desses batalhões, ainda somos chamados para patrulhar eventos em diversas cidades do interior”, afirmou Lovain, que visitará as fazendas da HD Licit, vencedora da licitação, para escolher os animais que integrarão a PM.
Com a chegada dos 400 cavalos, a idéia é que se faça uma escala entre os animais. “Eles trabalharão um dia e folgará no outro”, diz. O batalhão terá novas instalações. As baias para os cavalos e os alojamentos dos policiais serão reformados. Datadas da década de 60, as cocheiras precisam de reparos e modernização, segundo a comandante. Com tropa de mais de 500 animais, a PM também precisará de um hospital veterinário. O projeto está sendo enviado para a Secretaria de Segurança para orçamento.
“Quando o animal precisa de uma intervenção cirúrgica ou atendimento mais específico, usamos as instalações e os equipamentos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, mas com uma tropa deste tamanho, vamos precisar de um centro para cuidados mais específicos”, explica Lovain. Pelo projeto, o hospital, que ficará no terreno do RPMont, em Campo Grande, terá 678 metros quadrados e contará com centro cirúrgico, enfermaria, sala de imagem para exames, além de leitos para cavalos que precisem ser internados.